Delegações de futebol de 12 países pegam vôos entre cinco Estados brasileiros onde ficam os estádios que sediam a Copa América. Em terra, torcedores multicoloridos aproveitam para celebrar atletas do país de origem ou apenas para ver de perto craques da bola em nível mundial. O que pouca gente sabe é que em torno dessa festa, milhares de agentes da Segurança Pública não perdem nenhum lance, dentro e fora de campo. São 1.400 agentes envolvidos em ações que vão das salas de inteligência às escoltas nas ruas, tudo para garantir o espetáculo do principal torneio de futebol masculino entre seleções da América do Sul. 

E foi em uma dessas ações que mais um foragido da Justiça acabou preso na manhã dessa quarta-feira (19). Durante monitoramento em um hotel, que hospeda jogadores da competição, na Zona Norte de Porto Alegre, agentes do Departamento de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública (DISP/SSP) localizaram um homem de 33 anos, com mandado de prisão por roubo, trabalhando como funcionário do estabelecimento. Após confirmar a identidade do suspeito, os agentes comunicaram a Delegacia de Capturas (DECAP) do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) que realizaram a prisão do foragido.

“É uma atividade constante da inteligência durante grandes eventos, como é o caso da Copa América”, afirma o diretor do DISP/SSP, o delegado Emerson Wendt. Ainda segundo o diretor, já foram averiguados mais de 400 nomes relativos ao setor hoteleiro da Capital. Dessa forma, foi possível encontrar o indivíduo com mandado de prisão em aberto. 

Além das ações de inteligência, em áreas consideradas estratégicas, como aeroportos, hotéis e fronteiras, o planejamento de segurança na Copa América assegura com escoltas o deslocamento das seleções para os treinos antes das partidas e, nos dias de jogos, a tranquilidade dos torcedores a caminho da Arena do Grêmio, sede da competição em Porto Alegre. Para isso, conta com a expertise de agentes treinados para as mais diversas situações, além do apoio da tecnologia. Nesta edição da Copa América, o sistema de reconhecimento facial, que utiliza um banco de dados com quase 50 mil informações sobre foragidos e suspeitos, já resultou em uma prisão e também barrou dois torcedores impedidos judicialmente de entrarem em estádios.