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Operação Krypteia prende suspeitos de integrar organização criminosa que revendia veículos clonados

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A imagem mostra dois agentes cumprindo mandato de busca e apreensão durante a operação policial
Foram cumpridos 22 mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão - Foto: Divulgação - Polícia Civil

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes Patrimoniais Eletrônicos do Departamento Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCPE/DERCC), deflagrou a Operação Krypteia na manhã desta quarta-feira (07/05). A ação tem como objetivo desarticular uma complexa organização criminosa especializada em estelionatos, falsificação de documentos, invasão de dispositivos informáticos, adulteração de sinal identificador de veículo automotor e lavagem de capitais. O grupo usava dados de contas invadidas do GOV.BR para aplicar os golpes.

Cerca de 120 policiais civis participaram das ações operacionais, cumprindo 22 mandados de prisão preventiva e 25 mandados de busca e apreensão em Porto Alegre, Viamão, Alvorada, Charqueadas, Arroio dos Ratos, Florianópolis/SC, São José/SC, Palhoça/SC, Criciúma/SC e Rio de Janeiro/RJ. A operação contou com o apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro, da Polícia Civil de Santa Catarina, da Polícia Penal gaúcha e de demais órgãos especializados da Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

"Hoje, a gente desmonta essa organização criminosa, desde o líder até os indivíduos participantes das células. É uma operação importante e mostra que a Polícia Civil e o Departamento Estadual de Repressão dos Crimes Cibernéticos estão atentos aos novos meios que os criminosos utilizam. Até o momento, 17 pessoas foram presas. Também apreendemos diversos aparelhos celulares, documentação, além de uma arma de fogo e munições", afirmou o delegado João Vitor Heredia, da DRCPE.

Sobre a investigação

A investigação teve início a partir de um registro de ocorrência policial na cidade de Gravataí, onde a vítima relatou ter adquirido um veículo VW/T-Cross anunciado no Facebook. Após realizar o pagamento e receber o documento de Autorização para Transferência de Propriedade de Veículo (ATPV-e), a vítima foi informada pelo DETRAN de que o veículo era produto de furto/roubo. O automóvel original havia sido roubado no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre, poucos dias antes.

Segundo apurado na investigação, o líder do grupo está preso em uma penitenciária gaúcha, condenado a mais de 70 anos de reclusão. Ele seria o responsável por adquirir veículos roubados ou furtados no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. A partir de então, com o auxílio de integrantes externos, os veículos eram entregues a uma outra célula do grupo responsável que realizava a clonagem e a falsificação dos sinais identificadores.

Uma vez clonado o automóvel, os criminosos passavam os dados da nova placa para um homem, de 24 anos, estudante de tecnologia e programação de dados. O indivíduo residia no Rio de Janeiro e utilizava engenharia social para invadir as contas do proprietário do veículo original no GOV.BR e obter acesso à documentação veicular. Em seguida, os valores eram disseminados pela célula financeira do grupo, localizada em Santa Catarina, que utilizava empresas de fachada para a lavagem e ocultação dos valores provenientes do crime.

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