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Polícia Civil prende seis pessoas por golpe do “falso advogado”

Golpistas usavam dados públicos de ações judiciais para estelionato

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Três agentes da Polícia Civil cumprem mandados: três homens forçam a entrada em um edifício, pressionando grade de metal acinzentado
Mais de 100 policiais civis do Rio Grande do Sul, do Ceará, de Santa Catarina e de Minas Gerais colaboram na oepração - Foto: Polícia Civil - RS

Na manhã da última quarta-feira (2/7), a Delegacia de Investigações Cibernéticas Especiais (DICESP), vinculada ao Departamento de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DERCC), deu início à operação Falso Patrono. O objetivo das ações é desarticular um grupo criminoso especializado em estelionatos, falsificação de documentos e uso de identidade falsa, na prática do golpe do “falso advogado”, como ficou conhecido.

As investigações começaram em 2024, a partir de registros de ocorrências de advogados que relataram o uso indevido de seus nomes e dados profissionais em abordagens fraudulentas a seus clientes no Rio Grande do Sul. Sete mandados de prisão preventiva e dezoito de busca e apreensão foram cumpridos no Ceará, em Santa Catarina e em Minas Gerais, com apoio de mais de 100 policiais civis do Rio Grande do Sul e dos demais estados. Seis pessoas foram presas em Fortaleza (CE).

De acordo com o delegado João Vitor Herédia, os suspeitos monitoravam processos judiciais para coletar nomes e outros dados das partes envolvidas. Com essas informações, entravam em contato com as vítimas utilizando linguagem jurídica, geralmente por aplicativo de conversação ou ligação telefônica, apresentando-se como advogados, ou assessores, ou até mesmo como funcionários de tribunais.

“A abordagem é altamente convincente. O golpista informa que um valor de precatórios ou indenizações foi finalmente liberado e envia documentos falsos para justificar a farsa. O ponto central do golpe é a imposição de uma condição para a liberação do processo judicial: a vítima deve pagar antecipadamente o que se chama de custas processuais, impostos ou taxas cartorárias. O falso pagamento é solicitado via PIX, geralmente para contas de terceiros, ou laranjas”, revelou Herédia.

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