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Força tarefa da Operação Desmanche fecha dois estabelecimentos em Santa Maria

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Dois estabelecimentos foram fechados e cerca de 70 toneladas de sucata automotiva apreendidas.
Dois estabelecimentos foram fechados e cerca de 70 toneladas de sucata automotiva apreendidas. - Foto: Divulgação/FT Operação Desmanche
Por Carine Bordin/SSP

A 49ª edição da Operação Desmanche foi desencadeada nesta terça-feira (29), em Santa Maria, na região Central do Estado. Um homem foi encaminhado para a delegacia de polícia local para averiguação, por ter sido encontrado portando munições de calibre 12. Ele tem antecedentes por furto, lesão corporal e ameaça. Dois estabelecimentos foram fechados e cerca de 70 toneladas de sucata automotiva apreendidas e encaminhadas para trituração.

A ação visa combater a receptação e o desmanche de veículos roubados, além de coibir o funcionamento de estabelecimentos irregulares, os chamados “ferros velhos”. Desde a sua primeira edição, em fevereiro de 2016, a operação já resultou na prisão de mais de 60 pessoas, além de 85 locais interditados.

O coordenador da força-tarefa, tenente coronel Cesar Augusto Pereira da Silva, destaca o ineditismo da operação no país. “Nenhum outro Estado tem uma ação no formato como fazemos. Os resultados obtidos até agora demonstram que estamos no caminho certo para combater cada vez mais esse tipo de crime”.

Em agosto de 2015 entrou em vigor a Lei Federal 12.977 (Lei dos Desmanches), com o objetivo de combater a receptação de veículos roubados. Desde então, somente podem atuar no comércio de peças usadas empresas registradas no Detran/RS. Essas empresas devem seguir uma série de requisitos e incluir cada uma das peças à venda no sistema informatizado, vinculando-as à nota fiscal e à placa do veículo de origem. O Rio Grande do Sul possui hoje 309 empresas de desmanches registradas.

O coordenador da FT destaca a importância do consumidor se certificar se o estabelecimento onde irá adquirir as peças está devidamente credenciado no Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS). “Os locais credenciados possuem uma placa do Detran logo na entrada. A compra de peças sem procedência apresenta um grande risco para o consumidor, além de alimentar e fortalecer o crime”, informou. 

As peças são encaminhadas para a Gerdau que, graças a uma parceria com o Estado, as transformam em material de trabalho.
As peças são encaminhadas para a Gerdau que, graças a uma parceria com o Estado, as transformam em material de trabalho. - Foto: Divulgação/FT Operação Desmanche

Trabalho Integrado

A operação é resultado da união de esforços entre Polícia Civil, Brigada Militar, Instituto Geral de Perícias e o Detran/RS. Além disso, as peças apreendidas são encaminhadas para a Gerdau que, graças a uma parceria com o Estado, as transformam em material de trabalho. “Durante as 49 edições, foram apreendidas mais de três mil toneladas de sucata automotiva. O custo para a destruição dessas peças seria muito alto para o Estado, que passa por uma forte crise em suas finanças. A parceria com a Gerdau é de extrema importância, que, por meio da reciclagem, dá um novo destino para este material”, falou.

A operação já passou por 25 municípios do Rio Grande do Sul: Santa Maria, Carlos Barbosa, Sapiranga, Eldorado do Sul, Erechim, Guaíba, Porto Alegre, Cachoeirinha, Portão, Gravataí, Viamão, Sapucaia do Sul, Canoas, Novo Hamburgo, Montenegro, Pelotas, São Sebastião do Caí, Estrela, Parobé, Esteio, Alvorada, Camaquã, Caxias do Sul, Capão da Canoa e Torres.

Força-tarefa

A força-tarefa foi designada pelo governador José Ivo Sartori para atuar na fiscalização dos estabelecimentos ilegais. Cada um dos órgãos envolvidos tem uma função específica nas operações. A Secretaria da Segurança Pública coordena o trabalho do grupo e também define os alvos, através do Setor de Inteligência. O Instituto-Geral de Perícias tem a função de identificar peças roubadas e atua na parte criminal das operações, juntamente com a Polícia Civil, que também efetua as prisões. O Detran/RS autua administrativamente as empresas e coordena todo o trabalho de apreensão da sucata e sua destinação para reciclagem. A Brigada Militar, por fim, faz a segurança de toda a operação com policiais do Comando Rodoviário da Brigada Militar (CRBM).

Consulta a peças

O consumidor também pode ajudar a desestimular o comércio ilegal de peças usadas, comprando somente em empresas credenciadas ao Detran/RS. Essas empresas têm na fachada o logotipo da autarquia, e cada peça é vendida com código de barras e nota fiscal eletrônica. Também é possível consultar no site, a relação de empresas credenciadas ao Estado. Nos chamados Centros de Desmanches de Veículos (CDVs), além da garantia de origem lícita, as peças passaram pelo aval de um responsável técnico, que atesta suas condições de segurança. No link também é possível fazer uma busca por peças e por município.

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