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Estado irá unificar números de emergência

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Expectativa é que números de emergências tenham uma central regional que direcionará o serviço conforme a necessidade.
Expectativa é que números de emergências tenham uma central regional que direcionará o serviço conforme a necessidade. - Foto: Rodrigo Ziebell/SSP
Por Carine Bordin e Claiton Silva/SSP

O governo do Estado pretende unificar todos os números de emergência para uma única central. Serviços de bombeiros, polícia, trânsito e saúde devem ser acionados a partir do mesmo número, onde, de acordo com a demanda, é solicitado o deslocamento do órgão responsável.

A ação faz parte dos eixos estratégicos do Sistema de Segurança Integrada com Municípios (SIM/RS), da Secretaria da Segurança Pública. Em um primeiro momento, os números de emergência conhecidos pela população serão mantidos, porém todos serão recebidos em uma mesma central. Após o período de centralização dos serviços, terá início a publicização do número único.

Para o coordenador do SIM/RS, tenente-coronel Alexandre Aragon, além de evitar uma possível confusão por parte do cidadão, a central também permite uma melhor distribuição de equipes, agilizando o atendimento à ocorrência. “A população acaba ligando para vários números, o que resulta no deslocamento de diversas equipes para o mesmo lugar, sem necessidade. O contrário também acontece, quando é preciso que Samu, Brigada Militar e Polícia Civil estejam no local da ocorrência, por exemplo, mas o cidadão não sabe para qual número ligar”, exemplifica.

Até o final de 2018 três regiões devem ter o novo mecanismo em funcionamento.
Até o final de 2018 três regiões devem ter o novo mecanismo em funcionamento. - Foto: Rodrigo Ziebell/SSP

A iniciativa está em fase de elaboração do protocolo de atuação, mecanismo que irá organizar o funcionamento do novo sistema. De acordo com a SSP, a expectativa é implantar o mecanismo em três regiões do Estado até o final de 2018. “A região das Hortênsias, da Serra e a grande Porto Alegre deverão ser as pioneiras, por já estarem em uma fase bastante avançada do processo”, explica Aragon.

Para o secretário da Segurança Pública, Cezar Schirmer, o principal desafio foi vencido, após superada a etapa de convencimento das corporações da necessidade da otimização do serviço de atendimento de emergência. “O crime está cada vez mais organizado, anda sob rodas e não respeita limites de fronteiras. As instituições precisam se conscientizar de que estamos em um sistema de segurança que funciona de forma integrada e, sendo assim, precisa facilitar a vida do cidadão”, afirma.

Fase de testes

A ideia de adotar esta metodologia no Brasil surgiu em 2010, tendo como base a experiência estadunidense. O sistema foi implantado a partir dos atentados ocorridos em 11 de setembro de 2001. À época, os órgãos não se falavam e cada força policial tinha um pedaço da informação. “Isso foi prejudicial não só para a ação após o ocorrido, mas também para uma possível prevenção do crime”, enfatiza Aragon.

Em 2014, durante a Copa do Mundo, foram montados 12 centros de operações no Brasil, nas cidades-sede dos jogos. O mesmo procedimento foi replicado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Durante estes eventos, o estrangeiro que visitava o país ligava para o número que estava acostumado na sua região e a chamada era direcionada para a central brasileira. “A iniciativa foi muito positiva. Sendo assim, se facilitamos a vida dos estrangeiros, por que não facilitar também a vida dos brasileiros?”, exemplifica Aragon.

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