Três pessoas envolvidas no atentado contra o promotor de Justiça Jair João Franz, em Teutônia, foram presas nesta quinta-feira (24/8) em uma operação do Ministério Público Estadual e Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar e do Instituto-Geral de Perícias. As prisões ocorreram em Teutônia, Arroio dos Ratos e Bom Retiro do Sul. Franz foi baleado em 17 de agosto dentro do carro quando chegava em casa.

Foram presos preventivamente uma advogada, um apenado - que teria ordenado o crime de dentro da cadeia – e suposto executor do ataque. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados e na casa de outras pessoas. Além das prisões efetuadas, foram apreendidos diversos celulares, arma de fogo, simulacro, munições, dinheiro e outros objetos vinculados ao crime, como peças de roupas.

A motivação do atentado seria desavenças da advogada e do líder local do grupo criminoso – apontados pela investigação como mandantes do ataque – com o promotor de Justiça, atuante no combate ao crime. A investigada já havia ordenado Franz que ele fosse “embora de Teutônia” e dito que ele “iria pagar tudo o que tem feito”.

Hoje, em coletiva de imprensa realizada em Teutônia, o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, foi enfático ao destacar a força do Estado perante ao crime organizado.

“No Rio Grande do Sul, bandido vai respeitar a autoridade. Quem ousar desrespeitar, terá uma resposta dura e rápida. O Estado não vai tolerar qualquer atentado contra membros do sistema de Segurança e Justiça ou outros servidores. Parabenizo as forças de segurança e o MP pela parceria neste trabalho técnico de investigação e inteligência. A Brigada Militar e a Polícia Civil vão permanecer com efetivos reforçados na região, por tempo indeterminado, mais uma vez para mostrar a força do Estado”, destacou Caron.

O procurador-geral de Justiça, Alexandre Saltz, também destacou a ágil resposta das forças policiais. “O MPRS e todas as forças de segurança estão irmanados para garantir a segurança no Estado e deixar claro que o RS não tolera esse tipo de ataque à democracia. Quando atentarem contra um promotor, colocaremos quantos promotores forem necessários para mostrar que isso não se aceita”, reiterou Saltz.

Além de Caron e Saltz, também compuseram a mesa de autoridades o chefe de Polícia, Fernando Sodré, comandante-geral da Brigada Militar, Cláudio Feoli, diretora-geral do IGP, Marguet Mittmann, os delegados Juliano Stobbe e Shana Hartz e o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Núcleo de Inteligência do MPRS, André Dal Molin.

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Texto: SSP e MPRS.