As manifestações contra e pró-impeachment no Rio Grande do Sul transcorreram de forma pacífica neste domingo (17). Um grande esquema de segurança foi montado para acompanhar as mobilizações decorrentes do processo de votação da admissibilidade do impedimento da presidente Dilma Rousseff.

Toda a movimentação foi monitorada pelo Gabinete de Gestão, reunido no Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR). Coordenado pela Secretaria da Segurança Pública (SSP), o grupo conta com representantes de todos os órgãos de segurança pública estaduais, Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Forças Armadas, Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF) e Procuradoria-Geral do Estado (PGE/RS).

O acompanhamento se dá a partir das imagens do sistema de videomonitoramento e do trabalho das equipes de inteligência, responsáveis pelo envio de informações direto dos locais onde ocorrem as mobilizações. “Este trabalho integrado é fundamental para a tomada de decisões em tempo real. Ter as instituições reunidas em um só local facilita a elaboração e a execução das providências a serem tomadas em caso de necessidade”, avalia o secretário da Segurança Pública, Wantuir Jacini.

Somente em Porto Alegre, a BM atuou com 450 policiais militares, de acordo com o planejamento elaborado pelo Comando do Policiamento da Capital (CPC). De acordo com o comandante-geral da corporação, coronel Alfeu Freitas Moreira, todos os Batalhões de Operações Especiais (BOEs) e Pelotões de Operações Especiais (POEs) do Estado foram mobilizados. “Tivemos, também, o reforço de mais 50 PMs do Batalhão Reserva formado por servidores que atuam na área administrativa. Além de garantir a ordem, cumprimos a missão de polícia ostensiva e o atendimento das ocorrências geradas pelo 190”.

A PC atuou com 150 policiais, a maioria do setor de inteligência, mobilizados exclusivamente para as manifestações. “Agimos integrados neste processo, procurando dar segurança à população. Todos os nossos departamentos estiveram prontos para recepcionar eventuais ocorrências oriundas das manifestações”, afirmou o chefe da PC, delegado Emerson Wendt.

Até o fechamento da matéria (23h40), nenhuma ocorrência relacionada às manifestações foi registrada.

Texto: Claiton Silva/SSP e Clélia Admar/BM

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