Para facilitar a identificação de suspeitos que estejam sem documentos ou levantando dúvidas sobre sua identidade, o Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) está utilizando desde outubro o Sistema Integrado de Informações Penitenciárias (Infopen). O método, disponibilizado pelo Serviço de Inteligência do Departamento, é composto por um scanner - por onde é colocado o polegar do suspeito para análise - ligado, através de um computador, ao banco de dados do Presídio Central de Porto Alegre (PCPA).

Para o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), delegado Antônio Firmino de Freitas Neto, o sistema auxilia a polícia diminuindo drasticamente o tempo de resposta para a confirmação do nome de um suspeito. “É a tecnologia a serviço público”, diz Neto.

Outra vantagem do Infopen é fornecer uma foto atualizada do suspeito. “Isso auxilia principalmente em investigações”, completa Neto. Cada vez que um homem é conduzido ao Presídio Central para cumprir pena, ele é fichado com dados pessoais e criminais, além de ser fotografado. No entanto, apenas presos que já passaram pelo PCPA possuem suas digitais e fotos em formato digital. Mas, segundo Neto, a idéia é expandir o sistema para todo Estado.

Atualmente, dois computadores estão habilitados para realizar esse serviço. Um está na sede do Deic, Av. Cristiano Fisher, 1440, bairro Partenon, em Porto Alegre, e o outro, está dentro do Presídio Central. Qualquer policial pode utilizar o sistema.

Nesta terça-feira, um foragido foi recapturado com a ajuda do Infopen. Pela manhã, foi preso na Capital, Cristiano Luis Albuquerque, 22 anos. Ele estava sem documentos e apresentou-se ao policiais como sendo o seu irmão. Os policiais duvidaram da afirmação e o levaram até o Deic, onde, através do Infopen, foi constatado que Alburquerque era na verdade Cristiano, com passagem no Presídio Central e foragido do Instituto Penal Mariante, por roubo e porte ilegal de arma.