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Atendimento a crianças vítimas de violência é ampliado no interior

Pelotas e Santa Cruz do Sul são os novas locais de perícias realizadas pelo IGP

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A foto mostra uma sala colorida de atendimento especial para as crianças
Crai concentra em um só local serviços que envolvem apuração e confirmação do abuso

As perícias em crianças e adolescentes com suspeita de abuso físico ou sexual passam a contar com centros especializados em mais dois municípios do interior: nesta semana, Pelotas e Santa Cruz do Sul inauguraram unidades do Crai – Centro de Referência em Atendimento Infantojuvenil. No local, peritos do IGP realizam as perícias físicas e psíquicas que comprovam os abusos.

Em Pelotas, o Crai está instalado na Unidade de Pronto Atendimento Areal (avenida Ferreira Viana, 2.231) e em Santa Cruz do Sul, o Craim – Centro de Referência em Atendimento Infantojuvenil Municipal funciona no Centro Materno Infantil (Cemai), na travessa vereador Walter Kern, 120.

As inaugurações, em parceria com as prefeituras municipais, foram realizadas na segunda (26/9) e nesta terça-feira (27/9) e contaram com a presença de autoridades locais e das diretoras dos departamentos Médico-Legal, Angelita Ferreira Machado Rios, e de Perícias do Interior, Marguet Mittmann.

"Podemos prestar atendimento de forma integral a vítimas de violência doméstica e sexual de forma célere e humanizada, diminuindo a distância que essas pessoas percorrem ao realizar os trâmites necessários para a proteção”, afirmou Angelita,  acrescentando que os dois novos centros representam um avanço nas políticas públicas que envolvem grupos em situação de vulnerabilidade.

Crai e o seu objetivo

O Crai é mantido pelo IGP em parceria com a Polícia Civil, Ministério Público e secretarias estadual ou municipais de saúde. O objetivo é concentrar em um só local todos os serviços que envolvem a apuração e a confirmação do abuso, bem como o encaminhamento para abrigos ou locais que realizam o aborto legal em jovens vítimas de estupro.

Além do exame de corpo de delito, os peritos do IGP aplicam um protocolo internacional de entrevista investigativa, que permite comprovar a violência mesmo quando esta não deixa marcas físicas – o que acontece em cerca de 95% dos casos.

O laudo da perícia é fundamental para as autoridades solicitarem as medidas previstas em lei para esses casos e, assim, proteger a vítima. Psicólogos e assistentes sociais dos órgãos parceiros procuram identificar a possibilidade de mutilações ou suicídio em função dos abusos, o que é comunicado imediatamente aos serviços de saúde. A pediatria e a ginecologia verificam problemas físicos.

O primeiro Crai aberto pelo IGP funciona no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre. Em 2018, começou o processo de descentralização, para evitar o deslocamento das vítimas até a capital. Atualmente, 15 municípios do interior já têm estruturas de atendimento, ou recebem a visita dos peritos periodicamente: Canoas, Bento Gonçalves, Camaquã, Caxias do Sul, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Osório, Passo Fundo, Pelotas, Santana do Livramento, Santa Rosa, Santa Maria, São Leopoldo, Santa Cruz do Sul.

Texto: Ascom IGP
Edição: Secom

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