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Voo de drones em áreas prisionais é tema de evento na Sociedade de Engenharia

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Schirmer destacou a importância da parceria com setores como a engenharia para o combate à criminalidade.
Schirmer destacou a importância da parceria com setores como a engenharia para o combate à criminalidade. - Foto: Rodrigo Ziebell/SSP
Por Carine Bordin/SSP

Um projeto para impedir o sobrevoo de drones nas imediações de estabelecimentos prisionais foi debatido nesta terça-feira (05), em evento realizado pela Sociedade de Engenharia (Sergs), em Porto Alegre. O Sistema Inibidor de Drones, desenvolvido pela Sergs em parceria com a LAP Eletrônica, utiliza a tecnologia jammer, que neutraliza frequências, possibilitando a derrubada e interceptação dos aparelhos.

O inibidor, com cerca de um metro de altura, tem formato semelhante a de um poste de luz e funciona através de energia solar e de forma totalmente autônoma. Quando o sistema percebe a frequência de um drone, lança uma espécie de “rajada de frequência” que gera uma interferência e derruba o aparelho.

O professor de engenharia elétrica da PUCRS e diretor da Sergs, Edgar Bortolini, apresentou a proposta de parceria com a secretaria para a realização de testes. “Não existe um botão de ligar ou desligar no drone, o que evita que o sistema seja fraudado. Ele é controlado remotamente, via aplicativo de celular, e aponta se algum usuário o desativa”, detalhou Edgar.

O secretário Cezar Schirmer saudou a iniciativa e destacou a importância deste tipo de parceria no combate à criminalidade. Em 2017, a Susepe apreendeu nove aparelhos sobrevoando áreas de presídios e penitenciárias do Estado. Em todas as ocasiões, os objetos foram utilizados para o transporte de materiais ilícitos. “A tecnologia, nas mãos erradas, pode trazer graves consequências, além de fortalecer o crime. Drones podem ser usados para a entrega de drogas, celulares e armas aos presos”, ilustrou.

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O secretário também apresentou aos engenheiros o Sistema de Segurança Integrada com Municípios do Rio Grande do Sul (SIM/RS). - Foto: Rodrigo Ziebell/SSP

Integração

Schirmer aproveitou a oportunidade para apresentar aos engenheiros o Sistema de Segurança Integrada com Municípios do Rio Grande do Sul (SIM/RS), ação que busca unir órgãos municipais, estaduais, federais e iniciativa privada na busca de soluções eficientes para a Segurança Pública.

O sistema já conta com a adesão de 15 municípios gaúchos, que, juntos, representam 23% da população e cerca de 28% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. “Poder contar com a parceria de setores como a engenharia enriquece a iniciativa, trazendo um olhar técnico para tecnologias que podem ser desenvolvidas em prol da Segurança Pública”, falou.

A adesão ao sistema é feita de acordo com a estrutura disponível, sem a necessidade de criação de novas estruturas ou órgãos que onerem custos aos cofres públicos. Desde o lançamento, 70 municípios demonstraram interesse em aderir ao SIM/RS.

Entre outras ações, o secretário destacou o uso inteligente das câmeras de videomonitoramento existentes no Estado. “Estamos implantando um projeto de cercamento eletrônico no RS, interligando câmeras das rodovias estaduais”, contou. Em Porto Alegre, já são 38 câmeras interligadas. O objetivo é ampliar o sistema com mais 42 equipamentos e, em um mês, chegar a 80 câmeras em pleno funcionamento.

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