“Pessoas que sofrem algum tipo de violência podem apresentar sintomas de depressão e tornarem-se ansiosas”. A afirmação é da psicóloga da ULBRA, Sônia Rovinski. Ela palestrou na tarde deste sábado no simpósio Comportamento Violento, que se realiza deste ontem na Fundação Faculdade de Ciências Médicas de Porto Alegre (FFCMPA). Sônia participou da mesa “Transtorno do estresse pós-traumático: importância da atenção às vítimas de violência” juntamente as psiquiatras do Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), Vivian Peres Day e Lisieux Elaine de Borba Telles, e a assistente social Maria Isabel Barros Dellini.

As maiores discussões deste debate foram em torno da violência contra a mulher. Sônia Rovinski relatou que, segundo pesquisa feita no Departamento Médico Legal (DML) de Porto alegre, a maioria das mulheres vítimas de estupros ou espancamentos passa a apresentar sintomas mentais leves, como depressão e ansiedade. “É importante também que essas mulheres passassem por algum tipo de perícia psicológica, não somente física, porque a violência pode provocar uma trauma e levar a uma doença mental”, lembra a psicóloga. Segundo ela, este tipo de perícia médica não é realizada em nenhum DML do país.

As outras palestrantes discorreram sobre as doenças mentais que a violência causa nas vítimas e nos indivíduos que cometem os delitos. Todas também salientaram a importância do acompanhamento psicológico e da realização de perícias para constatar algum tipo de estresse pós-traumático.