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Golpe dos nudes: PC prende mais de 30 pessoas em operação no RS e SC

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A operação policial ocorreu simultaneamente no estado do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina
A operação policial ocorreu simultaneamente no estado do Rio Grande do Sul e em Santa Catarina - Foto: Divulgação Polícia Civil

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, com apoio da Polícia Civil de Santa Catarina, deflagrou nesta segunda-feira (29/5) a "Operação Cantina" e desarticulou uma organização criminosa que praticava o chamado “golpe dos nudes” em homens de classe média e alta de 12 estados do país. Ao todo, 33 pessoas foram presas, sendo 27 delas no RS. Durante a ação, também foram apreendidos veículos, armas de fogo, munições, drogas, celulares, dinheiro em espécie e demais bens.

A operação contou com 150 policiais civis dos dois estados, com reforço aéreo do helicóptero da Polícia Civil gaúcha. A ofensiva encabeçada pelo Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc) teve como objetivo combater os crimes de lavagem de dinheiro, tráfico de drogas, porte ilegal de munições e armas de fogo, extorsão, receptação e corrupção de menores. Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva, 30 de prisão temporária, 33 de busca e apreensão e mais 25 bloqueios de contas bancárias.

As investigações iniciaram há onze meses com a prisão em flagrante de um indivíduo em Cachoeirinha (RS). Com ele, foram apreendidos uma pistola e mais um veículo Mercedes-Benz, avaliado em R$ 160 mil.

Conforme a investigação, os criminosos entravam em contato com homens, usando perfis falsos de jovens mulheres para dar início a troca de fotos íntimas. Depois, um terceiro suspeito entrava em contato com a vítima para informar que a mulher era, na verdade, uma menor de idade. Em seguida, iniciavam as extorsões. Os homens envolvidos no esquema pagavam valores para não terem suas fotos reveladas. Um deles chegou a depositar mais de R$ 60 mil. O golpe era aplicado para financiar e manter o tráfico interestadual de drogas e armas. Mais de 80 vítimas foram identificadas em todo o país. Os criminosos podem ter lucrado mais de R$ 450 mil.

Os resultados da ação foram apresentados durante coletiva de imprensa que contou com a presença do secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, chefe de Polícia, delegado Fernando Sodré, diretor do Denarc, delegado Carlos Wendt, e dos delegados Alencar Carraro e Rafael Liedtke. A íntegra da reportagem pode ser conferida neste link.

Parte do lucro da organização criminosa retroalimentava o tráfico de drogas e de armas
Parte do lucro da organização criminosa retroalimentava o tráfico de drogas e de armas - Foto: Divulgação Polícia Civil

Texto: Ascom Polícia Civil

Edição: Kelly Cavedon Zaniol

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