Nesta quarta-feira (6/11), ocorreu a formatura do Curso de Operações Táticas Especiais (Cote), realizado pela Academia de Polícia Civil (Acadepol) em conjunto com a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core). A solenidade foi realizada na Cidade da Polícia, em Porto Alegre.

O curso visa formar o policial para o desempenho da função de operador na unidade de Operações Especiais da sua instituição, preparando-o para atuar em situações extremas, sob estresse, superando limites físicos, fisiológicos e mentais.

Para compor o quadro de discentes, foi realizado um processo seletivo, que teve início com 70 candidatos inscritos, número que foi diminuindo à medida que as fases avançavam, restando apenas 52 aprovados. Desses, 35 (29 agentes e 6 delegados) foram convocados para a matrícula. Além disso, integraram o curso oito policiais indicados por instituições de segurança pública: dois da Polícia Civil de Santa Catarina, dois da Polícia Rodoviária Federal, um da Polícia Civil do Amazonas, um da Polícia Civil do Pará, um da Superintendência dos Serviços Penitenciários e um do Instituto-Geral de Perícias.

Com o início das aulas no final de agosto e após 760 horas-aula em regime de internato, o curso formou 16 alunos: quatro delegados e dez agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, um policial civil do Pará e um policial rodoviário federal, todos habilitados para o desempenho da função de operador tático.

Com grade curricular extensa, o curso exigiu conhecimento e dedicação em 24 disciplinas, que abarcaram os princípios doutrinários e a história das operações especiais, as medidas administrativas e operacionais, o treinamento físico policial, a entrada em edificações, o planejamento de operações, o gerenciamento de crises, as técnicas verticais, o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) Tático, o arrombamento mecânico e explosivo, a sobrevivência policial, as operações aéreas, além de  simulados práticos, entre outros.

A preparação adquirida durante o Cote permite ao policial executar diversas técnicas operacionais, como o emprego de armas, equipamentos e táticas especiais; a atuação no cumprimento de mandados de alta complexidade; o patrulhamento em locais de alto risco; o resgate de reféns; o gerenciamento de crises; a segurança de autoridades; as ações táticas em altura e em ambiente aquático; o apoio tático aerotransportado, entre outras operações de natureza especial. Essas operações são fundamentais, especialmente em eventos críticos, que exigem conhecimentos especializados não abordados pela técnica policial convencional.

A formatura foi prestigiada pelo secretário da segurança pública, Sandro Caron; pelo chefe de polícia, delegado Fernando Sodré; pelo subchefe de polícia, delegado Heraldo Guerreiro; pela diretora da Academia de Polícia (Acadepol), delegada Elisangela Melo Reghelin; pelo diretor da Core, delegado Bolivar Llantada; pelo diretor do GOE/GRI, pelo delegado Marco Antônio Duarte de Souza e por demais autoridades, familiares e convidados.