Polícia Civil prende suspeitos de torturar e cometer crimes sexuais contra menores na Região Metropolitana
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Nesta quinta-feira (29/5), a Polícia Civil, através da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) de Canoas, deflagrou a Operação Fim do Silêncio, com o objetivo de prender suspeitos de crimes sexuais e tortura contra crianças e adolescentes. Com apoio de aproximadamente 60 policiais civis, foram executadas 15 ordens judiciais, entre mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em Canoas, Gravataí e Tramandaí.
Foram cumpridos nove mandados de prisão — uma temporária e oito preventivas — em Canoas e Gravataí. Até o momento, seis pessoas foram presas e diversos celulares foram apreendidos. Os crimes foram tipificados como estupro de vulnerável, importunação sexual, exploração infantil, tortura e maus-tratos.
As investigações duraram oito meses. Os agentes identificaram oito casos e dez vítimas, com idades entre quatro e 14 anos. Os suspeitos são familiares e outras pessoas próximas. Segundo o delegado Maurício Barison, a ação busca destruir a principal defesa dos predadores, o silêncio das vítimas. “As investigações abrangem episódios chocantes em lares e ambientes de confiança, revelando a face cruel de um problema que perpassa diferentes classes sociais e econômicas. Com investigações minuciosas, a DPCA vem desmantelando redes criminosas, pondo fim à sensação de impunidade”, afirmou o titular da DPCA de Canoas, responsável pela investigação.
Para Cristiano Reschke, diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana (DPRM/Canoas), este esforço é crucial, especialmente durante o Maio Laranja, mês dedicado ao combate à violência sexual infantil. “A responsabilidade social pela proteção às crianças e adolescentes é de todos e a Polícia Civil empregará toda a atenção disponível para a célere solução dos casos e efetiva responsabilização criminal dos agressores, abusadores e também daqueles que, sabendo, se omitem de alertar as autoridades competentes. A sociedade precisa ver cada policial como um agente de proteção. Não podemos e não iremos permitir que nossas crianças e adolescentes vivam sob o medo. É dever de todos nós garantir um ambiente seguro e livre de violência”, finalizou.
Denúncias anônimas podem ser realizadas pela Linha Direta (51) 3425 9056, pelo site www.pc.rs.gov.br ou pelo WhatsApp (51) 9 8459 0259.
Texto: Dulce Mazer. Edição: Dario Panzenhagen / Ascom SSP-RS