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Polícia Civil inicia implantação de um dos maiores complexos de segurança pública do sul do país

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Chefe de Polícia, Nadine Anflor, e subchefe da Polícia, Fábio Motta Lopes, em cima do palco, com um grande telão que mostra o logo da PC e o texto "Cidade da Polícia". Nadine, à esquerda, fala em um púlpito com microfone. Em primeiro plano, desfocada, a plateia que assiste ao discurso.
Conforme a chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor, o novo espaço promove ainda mais a integração entre os órgãos operacionais - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

A Cidade da Polícia Civil, como foi batizado o conjunto que abrigará em um único local os departamentos especializados da Polícia Civil gaúcha, na zona leste de Porto Alegre, abriu as portas oficialmente nesta terça-feira (29/3). A inauguração marcou a primeira etapa de implantação de um dos maiores complexos de segurança pública do sul do país, que vai centralizar grande parte dos serviços operacionais da instituição e garantir uma economia significativa aos cofres públicos, uma vez que departamentos como o de Investigações Criminais (Deic), que funciona em sede alugada na região do aeroporto, devem migrar por completo para o espaço.

O local fica na avenida Bento Gonçalves, quase no limite com Viamão, na Região Metropolitana. A localização é estratégica e vai diminuir o tempo de resposta de serviços considerados essenciais no combate à criminalidade. A Cidade da Polícia Civil abrigará neste primeiro momento a Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e a Volante do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM). Cada um desses serviços estará em prédios diferentes, restando outros 13 para instalações futuras – são 15 prédios ao total, com uma área construída de 7.094,10 m².

Placa mostra o mapa do complexo da Cidade da Polícia logo na entrada do terreno.
Localização é estratégica e vai diminuir tempo de resposta de serviços essenciais no combate à criminalidade - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

A estrutura com área total de 115.580 m² (quase 12 hectares) coloca a Polícia Civil gaúcha como uma das mais modernas do país e promove a integração, como disse a chefe de Polícia, delegada Nadine Anflor. “É um sonho que se concretiza para a nossa instituição e um espaço que, sem dúvidas, vai promover ainda mais integração entre os nossos órgãos operacionais e que será um centro de excelência em investigação criminal. Deste modelo, hoje há apenas um, no Rio de Janeiro, e outros dois sendo formados em Goiás e no Tocantins”, afirmou.

O prédio da Core, único de dois pisos em todo o complexo, possui 1.418,86 m² de área construída e é dividido em 42 salas e um refeitório, que será de uso comum da Cidade da Polícia Civil. O primeiro piso será dedicado à ala operacional do Grupo de Resgate e Intervenção (GRI), enquanto a parte de cima abrigará o novo Núcleo de Investigações Especiais e suas duas delegacias, além da Divisão de Inteligência e Análise Criminal (Dipac) da coordenadoria. No prédio onde as equipes da Volante foram instaladas, com 524,63 m² de área construída, estão também a Administração, um auditório com capacidade para 80 pessoas e duas salas de reuniões, além de um espaço para recepção.

Pátio do complexo da Cidade da Polícia com uma rua lateral à esquerda da foto, toda margeada por árvores, de onde bem ao fundo se veem duas viaturas da Polícia Civil trafegando. À direita da foto, sequência de três edificações, uma atrás da outra do primeiro plano até o fundo da cena.
Complexo tem mais de 115 mil metros quadrados de área na zona leste da capital - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Esses são os dois únicos prédios cujas reformas foram finalizadas. Os demais ainda não têm data para serem inaugurados. O complexo era a sede do Centro Técnico de Aperfeiçoamento e Formação (Cetaf) da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE).

Investigação de crimes carcerários

Além de dar a largada na Cidade da Polícia Civil, a instituição inaugurou a a Delegacia de Investigação de Crimes Carcerários (Dicar), da Core. O novo órgão tem o objetivo de identificar e responsabilizar os integrantes de organizações criminosas estabelecidas dentro do sistema penitenciário gaúcho, além de promover a consequente descapitalização desses grupos.

Serão quatro servidores, divididos nas funções cartorárias, investigativas e no núcleo de inteligência. Conforme o delegado Gabriel Bicca, que está à frente dos trabalhos, os agentes estarão em constante contato com as equipes que compõem a Delegacia de Investigações Especiais (Diesp), a Dipac e o GRI, da Core. Também a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) e a Brigada Militar (responsável por algumas casas prisionais) terão papel importante junto ao órgão.

A Dicar será a segunda delegacia da Core e fará parte do recém criado Núcleo de Investigações Especiais, que abarca também a Diesp – delegacia criada ainda em janeiro de 2019.

Foto mostra um dos prédios no complexo da Cidade da Polícia, diante do qual estão estacionadas várias viaturas zero quilômetro lado a lado, entregues à instituição no evento desta terça-feira (29/3).
A Coordenadoria de Recursos Especiais e a Volante do Departamento de Polícia Metropolitana já estão instaladas no local - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Entrega de viaturas

Durante o evento também foram entregues 57 viaturas para a Polícia Civil. Com investimento de R$ 12.512.950 em recursos do Estado por meio do programa Avançar na Segurança, foram adquiridas 50 Hilux semiblindadas que serão distribuídas nas quatro delegacias regionais da Região Metropolitana e nas 29 regionais do interior do Estado, além de 17 das 20 Delegacias de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco)  das outras três, duas (São Leopoldo e Viamão) já receberam veículos zero quilômetro ainda em 2020 e a última (Xangri-lá), no ano passado.

Três viaturas zero quilômetro da Polícia Civil estacionadas lado a lado em um gramado no complexo da Cidade da Polícia.
Na inauguração, ainda houve a entrega de 57 viaturas para a Polícia Civil - Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini

Outras seis SW4, também adquiridas com recursos do Avançar na Segurança, serão destinadas às quatro Delegacias de Polícia do Narcotráfico (DINs), do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc); à 1ª Delegacia de Roubos, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic); e à 1ª Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Porto Alegre. O investimento nesses veículos foi de R$ 1.940.728,20.

Com R$ 323.454 em recursos do Programa de Incentivo ao Aparelhamento da Segurança Pública (Piseg), foi adquirida mais uma SW4 semiblindada para a Delegacia de Polícia de Dois Irmãos, na região metropolitana.

Texto: Lurdinha Mattos/Ascom SSP
Edição: Marcelo Flach/Secom

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