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Polícia Civil desvenda crime e prende suspeito de entregar parte de um corpo em mala

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Funcionário da rodoviária atende homem com máscara que entrega uma mala
A Polícia Civil seguiu rastros do suspeito através de imagens de segurança - Foto: DCS/Polícia Civil-RS

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (2ªDPHPP), prendeu, na tarde da última quinta-feira (4/9), o suspeito de assassinar uma mulher em Porto Alegre. 

O caso ganhou repercussão após partes de um corpo feminino terem sido encontradas em dois locais e momentos distintos. No dia 13 de agosto de 2025, membros superiores e inferiores foram localizados em sacos plásticos na zona leste da Capital. Já no início de setembro (1/9), o tronco da vítima foi descoberto dentro de uma mala armazenada em um guarda-volumes da Estação Rodoviária de Porto Alegre.

As análises realizadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmaram, por meio de exame de DNA, que os restos mortais pertenciam à mesma vítima. 

A partir de imagens das câmeras de monitoramento, capturadas na rodoviária no momento em que o homem entregou a mala ao funcionário do guarda-volumese da confirmação de que se tratava da mesma vítima, os policiais civis intensificaram as diligências e reconstruíram o trajeto do criminoso. Ele utilizou luvas, máscaras, boné e outros artifícios para tentar despistar as forças de segurança, mas foi flagrado pelas câmeras em um supermercado na zona norte do município.

Os policiais da 2ªDPHPP seguiram o rastro do suspeito por gravações de câmeras de segurança. O IGP confirmou que o DNA do investigado é compatível com o material genético encontrado nos restos mortais e as imagens indicaram que ele foi o responsável por entregar a mala. Com base nas provas, a prisão preventiva foi cumprida. Com ele, a polícia encontrou o celular da mulher.

Dois agentes conduzem o suspeito por um corredor, todos de costas
Suspeito foi preso na última quinta-feira em Porto Alegre - Foto: DCS/Polícia Civil-RS

Segundo o delegado André Luiz Freitas, responsável pela investigação, o homem buscava ocultar sua identidade, ao mesmo tempo em que deixava sinais de sua atuação. “Trata-se de um crime bárbaro e calculado, que exigiu dedicação total da equipe de investigação. Mesmo utilizando disfarces e tentando incriminar terceiros, o autor foi identificado e responsabilizado. A prisão foi fundamental para garantir a ordem pública e avançar nas investigações sobre outras possíveis vítimas e conexões desse caso.” 

Segundo o delegado Mário Souza, diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, "a resposta da Polícia Civil foi rápida, firme e técnica à sociedade gaúcha diante de um crime que chocou Porto Alegre pela sua brutalidade". 

Além do IGP, a Polícia Civil contou com apoio da Brigada Militar em todas as fases da investigação, que segue para averiguar se o autor cometeu outros crimes relacionados a este. Denúncias anônimas podem ser realizadas pelo telefone 0800 642 0121 ou pelo site www.pc.rs.gov.br

O caso

O volume deixado na rodoviária chamou atenção pelo forte odor, quase uma semana após a mala ter sido depositada no guarda-volumes. A vítima tinha 65 anos e estava em um relacionamento com Ricardo Jardim, de 66.

Condenação anterior

Em 2018, o criminoso já havia sido condenado a 28 anos de prisão por matar a mãe e esconder seu corpo em um apartamento no bairro Mont'Serrat, em Porto Alegre. Esse crime ocorreu em 2015. Após cumprir parte da pena, ele havia progredido para o regime semiaberto em 2024 no e era considerado foragido desde então.

Texto: Dulce Mazer (Ascom /SSP). Edição: Júlio Amaral (Ascom /SSP). 

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