Polícia Civil deflagra segunda fase da Operação Xerxes
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Nesta quinta-feira (28/11), a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão à Lavagem de Dinheiro, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), deflagrou a segunda fase da Operação Xerxes, com o objetivo de reprimir uma organização criminosa responsável pela prática de extorsões, entre outros delitos, em uma comunidade carente de Viamão. Até o momento, cinco pessoas foram presas. Foram cumpridas 19 ordens judiciais, entre as quais, mandados de busca e apreensão e de prisão.
Segundo o delegado João Vitor Herédia, a investigação teve início no final de 2021, após diversas denúncias anônimas dando conta de que uma organização criminosa estaria fazendo cobranças para que moradores da comunidade Vila Chácara da Figueira pudessem morar no local. Quem não realizasse os pagamentos era violentamente expulso da localidade mediante agressões, ameaças à vida e utilização de armas de fogo.
Os indivíduos também seriam responsáveis por tráfico de drogas e lavagem de capitais dos valores arrecadados de delitos antecedentes e exerciam verdadeiro domínio territorial, mantendo a comunidade, que já é econômico e socialmente carente, sob completo controle.
Após a deflagração da primeira fase da operação, foi dada continuidade às investigações e foi descoberto que os delitos investigados anteriormente continuavam a ser praticados, tendo sido retomados após a soltura de diversos dos investigados. “Foi dado conta de que as lideranças criminosas enviavam ordens de dentro do presídio, mantendo o controle da comunidade ativo, bem a prática de violência e o domínio territorial. Após a soltura de tais lideranças, suas atividades se intensificaram, somando-se às dos indivíduos que realizavam os crimes e estavam soltos”, explicou o delegado Herédia.
Também foi dito que o grupo criminoso traficava drogas, possuía rotas de fuga da localidade, agredia pessoas, obrigava os moradores da comunidade a abrigar olheiros do tráfico, fazia ameaças com o uso de armas de fogo, expropriava bens de moradores, expulsava pessoas, além de realizar outros atos relativos ao domínio territorial da localidade carente.
Revisão técnica: Elen Azambuja - Ascom SSP