O delegado Joigler Paduano, titular da 1ª Delegacia de Polícia de Caxias do Sul, enviou nesta sexta-feira (19/7) à Justiça, inquérito que indicia o policial militar Cleomar Bernardo de Vargas por homicídio culposo. Ele foi considerado responsável pela morte do integrante da torcida organizada Super Raça Gremista Geferson da Silva Machado, 19, em incidente ocorrido logo após o final do jogo entre Inter e Juventude na cidade de Caxias do Sul, no dia 19 de maio passado. Machado morreu em consequência de explosão de uma bomba caseira no centro da cidade. O artefato também feriu o PM, que teve a mão decepada.

O PM Vargas, que voltava para casa à paisana, vestido com abrigo do Inter, foi importunado por torcedores. Em seguida, em companhia de outros policiais militares, abordaram os rapazes nas esquinas das Ruas Os Dezoito do Forte e Dr. Montaury. As vítimas relataram que foram agredidas por Vargas e que a explosão ocoreu após o policial ter atingido Geferson Machado com um soco na cabeça. Conforme ficou apurado nas investigações, o torcedor escondia dentro de um gorro, que ele usava, o material explosivo.

O inquérito concluiu que houve excesso do PM no momento da abordagem, apesar de estar em seu dia de folga. Os depoimentos dos jovens torcedores indicam que não houve qualquer revista pessoal aos mesmos por parte dos policiais militares. Geferson Machado foi responsabilizado pela morte de um torcedor, durante o jogo, ocasionada pelo lançamento de artefato explosivo.