Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria da

Segurança Pública

Início do conteúdo

Operação Succedere mira grupo envolvido em lavagem de dinheiro

Publicação:

O sofisticado esquema criminoso se estendeu por mais de uma década, resultando em enorme prejuízo ao erário e consequente lucro aos criminosos
O sofisticado esquema criminoso se estendeu por mais de uma década, resultando em enorme prejuízo ao erário e consequente lucro - Foto: Divulgação/PC

A Polícia Civil e o Ministério Público, pela Delegacia de Lavagem de Dinheiro do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e pela 8ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, coordenados pelo Delegado Filipe Bringhenti e pela Promotora de Justiça Roberta Brenner de Moraes, com a cooperação institucional da Contadoria e Auditoria-Geral do Estado (CAGE), desencadearam, nesta quinta-feira, 16 de março, a Operação Succedere. A ação é decorrente de investigação de lavagem de dinheiro proveniente de crimes licitatórios e crimes contra a ordem econômica e contra a ordem tributária, praticados por organização criminosa que tem como núcleo uma família especializada em burlar certames licitatórios. 

As ordens judiciais foram cumpridas nos municípios de Porto Alegre, Cruz Alta, Xangri-lá, Capão da Canoa, Tramandaí e Tupanciretã. Três pessoas foram presas por posse irregular de arma de fogo. Documentos e veículos de luxo foram apreendidos.

Coletiva de imprensa foi realizada na manhã desta quinta-feira (16)
Coletiva de imprensa foi realizada na manhã desta quinta-feira (16) - Foto: Divulgação/PC

O sofisticado esquema criminoso se estendeu por mais de uma década, resultando em enorme prejuízo ao erário e consequente A execução da Operação Succedere contou com o suporte de 140 policiais civis e dois auditores da CAGE. Até o momento a ação prendeu três pessoas por posse irregular de arma de fogo.lucro aos criminosos, o que permitiu que fosse constituído vultoso patrimônio, o qual está sendo atacado nessa operação. 

No curso das investigações foi apurado que uma parte significativa desses valores foi sistematicamente lavado, de diversas formas: contas foram abertas em nome de terceiros,  veículos foram adquiridos e registrados em nome de “laranjas”, imóveis de luxo tiveram propriedade atribuída a pessoas da confiança dos protagonistas do esquema criminoso e, ainda, houve diversificação em investimentos variados, a exemplo da compra de parte do passe de jogadores de futebol, investimentos na construção civil e até em plantações de soja. Todas estas estratégias tinham o objetivo de afastar o dinheiro criminoso de sua origem espúria, dificultando a localização e recuperação pelo Estado.

Foi realizado o bloqueio de 57 contas judiciais, objetivando o alcance de R$ 565 milhões de reais, além da indisponibilidade de 38 imóveis (avaliados em R$ 68.000.000,00) e da busca e apreensão de 28 veículos (avaliados em R$ 4.171.000,00). Foram 37 mandados de busca e apreensão em imóveis e empresas de investigados, buscando indícios de autoria e materialidade dos crimes investigados.

A organização criminosa figura, como ré, em aproximadamente 11 mil ações judiciais, notadamente no ramo trabalhista, bem como gerou prejuízo em tributos ao erário na ordem de R$ 200 milhões. As empresas não pagavam os direitos trabalhistas de seus funcionários.

O Chefe de Polícia, Delegado Fernando Sodré, em coletiva de imprensa realizada no Deic, destacou que a ofensiva da Polícia Civil tem por objetivo dar um ponto final nos prejuízos causados aos trabalhadores, que sofriam com perda de férias, dinheiro e direitos trabalhistas.

Secretaria da Segurança Pública