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Operação Pedágio mira organização responsável por crimes de extorsão e lavagem de dinheiro

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imagem das apreensões: objetos menores, como celulares, pacotes de drogas e dinheiro
Foram apreendidos 35 mil reais em dinheiro, drogas, uma balança de precisão, quatro veículos e uma motocicleta. - Foto: DCS/Polícia Civil - RS

Quatro agentes da Polícia Civil cumprem mandados judiciais em um quarto. No primeiro plano, há um berço com roupas e cobertas atiradas.
Agentes da Polícia Civil cumprem mandados judiciais - Foto: DCS/Polícia Civil - RS
A Delegacia de Polícia de Campo Bom realizou, na manhã desta sexta-feira (27/6), a operação Pedágio, no combate a uma organização criminosa suspeita por vazamento de informações e extorsão de comerciantes, especialmente proprietários de revendas de veículos na região do Vale dos Sinos. Até o momento, 13 pessoas foram presas pelos crimes de extorsão, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

A operação contou com a participação de aproximadamente 140 policiais civis. Foram cumpridos 15 mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Bom, Novo Hamburgo, Rosário do Sul e Canoas. Também foram investigados suspeitos nos estados do Paraná e São Paulo. Vários dos investigados já se encontram recolhidos no sistema penitenciário, apontados como integrantes de uma organização criminosa. A ação resultou na apreensão de mais de 35 mil reais em dinheiro, drogas, uma balança de precisão, quatro veículos e uma motocicleta.

Segundo o delegado Rodrigo Câmara, a investigação, iniciada em 2024, apura a prática dos crimes de extorsão, lavagem de dinheiro e organização criminosa, revelando um esquema altamente estruturado, com divisão de tarefas entre um núcleo operacional, responsável pelas ameaças e cobranças, e um núcleo financeiro, encarregado de movimentar e ocultar os valores arrecadados ilicitamente. Conforme o que foi apurado, o grupo criminoso movimentou mais de dois milhões de reais em apenas 10 meses.

O delegado também detalhou que as vítimas eram coagidas a realizar pagamentos mensais sob ameaça de morte, agressões físicas e danos a seus estabelecimentos: “Em alguns casos, houve uso direto de violência, incluindo ataques armados e depredações. Mais de 70 empresas foram identificadas como vítimas do grupo criminoso. A investigação revelou ainda que os valores extorquidos eram pulverizados em contas de terceiros, empresas de fachada e movimentações fracionadas, com o objetivo de dificultar o rastreamento e reinserir os recursos no sistema financeiro”, explicou.

Texto: Dulce Mazer (Ascom/SSP-RS). Edição: Júlio Amaral (Ascom/SSP-RS)

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