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Operação de combate a crimes sexuais infantojuvenis mobiliza Polícia Civil e IGP em nove municípios

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Dois homens com coletes onde se lê "Perito criminal" e uma mulher com colete da Polícia Civil observam um computador sobre uma mesa. O homem ao centro, sentado diante do computador, usa boné do IGP.
Nas buscas, peritos do IGP procuraram arquivos digitais, como fotos e vídeos, com imagens para ter como provas - Foto: Jorge Batista/PC

Foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (25/11) a Operação Black Dolphin, uma ação integrada das Polícias Civis de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. O objetivo da operação é combater crimes sexuais infantojuvenis, tanto no meio virtual quanto fora dele.

A Operação Black Dolphin começou com uma investigação da Polícia Civil de SP em 2018 que descobriu, após constante monitoramento, o plano de um homem que pretendia vender sua sobrinha para predadores sexuais na Rússia. A intenção dele era levá-la para a Disney da Europa e entregá-la aos criminosos na Rússia, alegando que ela teria desaparecido no parque.

A partir dessa investigação, se desenvolveram trabalhos de monitoramento, inclusive na deep web, revelando uma rede de predadores sexuais, principalmente infantojuvenis, que produzem, vendem e compram vídeos de crianças em situações de vulnerabilidade sexual. Também há indícios de sequestro e tráfico de crianças e jovens para fins de exploração sexual.

Duas policiais civis uniformizadas, estão agachadas diante de gavetas de uma armário vistoriando o conteúdo.
As ordens judiciais estão sendo cumpridas em Porto Alegre e outros oito municípios do Estado - Foto: Jorge Batista/PC

Por meio da Polícia Civil de SP foi realizado o levantamento de aproximadamente 220 alvos espalhados em todo Estado de São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

No RS, mais de 50 policiais civis, com o apoio de peritos do Instituto-Geral de Perícias (IGP), cumprem nove mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em Porto Alegre, Gravataí, Pelotas, Rio Grande, Santa Rosa, Três de Maio, Frederico Westphalen, Soledade e Carazinho.

Os alvos das operações são suspeitos de produzir, divulgar, publicar, compartilhar, armazenar, compartilhar e até mesmo comercializar fotos e vídeos de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito ou cunho pornográfico, inclusive estupros e abusos. Durante as buscas, peritos do IGP procuraram arquivos digitais, como fotos e vídeos, com cenas de abuso sexual infantil.

Black Dolphin é o apelido de uma penitenciária na Rússia, considerada como uma das mais seguras e temidas do mundo. Na frente do prédio há uma estátua de um golfinho preto, construída pelos internos. Os indivíduos investigados, no ambiente obscuro e sombrio da deep web, chegavam a comentar que somente a Black Dolphin seria capaz de detê-los, menosprezando o trabalho da polícia.

Texto: Ascom Polícia Civil
Edição: Patrícia Specht/Secom

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