Modernização da radiocomunicação das polícias já é uma realidade no Estado
Investimento anunciado no Avançar na Segurança Pública está em fase de implantação na BM. PC e IGP já contam com a tecnologia
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A implementação do projeto de digitalização da rede de radiocomunicação para a Brigada Militar, Polícia Civil e Instituto-Geral de Perícias na Capital e Região Metropolitana, já está em andamento, com a instalação de mais de 2 mil rádios, somados os equipamentos móveis, portáteis, fixos e repetidores de sinal. Atualmente estão sendo instaladas as unidades adquiridas para atender a Brigada Militar. O projeto faz parte do pacote de ações anunciadas em outubro pelo Avançar na Segurança.
O programa vai proporcionar um investimento total de R$ 280,3 milhões, exclusivamente de origem no Tesouro Estadual, fruto das reformas estruturantes realizadas pela atual gestão e de recursos extraordinários das privatizações. Para a modernização da radiocomunicação foram destinados R$ 20 milhões do montante de investimentos na pasta, com acréscimo de R$ 1,5 milhão de repasses do Fundo Nacional da Segurança Pública (FNSP). Somadas as quantias, o investimento ultrapassa R$ 22 milhões para a modernização da comunicação entre as polícias.
A instalação dos radiocomunicadores digitais iniciou em novembro no IGP. Na instituição foram instalados 40 rádios móveis (nas viaturas), 20 unidades portáteis (que os servidores podem usar na mão), além de três rádios fixos (unidades que ficam nos prédios do IGP(. Ainda em novembro também foram instalados os equipamentos na Polícia Civil, que recebeu 120 rádios portáteis, 133 equipamentos móveis e 40 unidades fixas.
A modernização dos rádios está entrando em fase final de implantação. Na Brigada Militar, desde o início de dezembro, estão sendo instalados 620 rádios portáteis, 936 unidades móveis e 50 equipamentos fixos. A Secretaria da Segurança Pública também será beneficiada com os equipamentos para uso no Departamento de Comando e Controle Integrado (DCCI), com cinco rádios portáteis, 36 rádios móveis e 10 equipamentos fixos, além de dois equipamentos repetidores de sinais.

O vice-governador e secretário da Segurança Pública, delegado Ranolfo Vieira Júnior, destacou que a aquisição de novas tecnologias protege contra interceptações o trabalho das polícias no combate à criminalidade. "Esses investimentos aprimoram o trabalho policial e resultam em benefício direto à população, que recebe um atendimento qualificado com estrutura de ponta. Todos sabemos que radiocomunicadores na frequência das polícias foram apreendidos centenas de vezes com criminosos em abordagens e operações. Com a comunicação criptografada, iremos dificultar as ações criminosas, que não terão mais acesso à atividade policial", disse o vice-governador.
Ao todo, serão 1.145 rádios móveis, 765 portáteis, 104 rádios fixos e duas repetidoras, qualificando o atendimento ao cidadão com investimento e tecnologia de ponta.
Os equipamentos são digitais e possuem criptografia de ponta a ponta, o que garante total segurança na troca de mensagens entre as polícias e possibilita a comunicação entre as instituições (SSP, BM, PC e IGP). Até o início das instalações, o IGP não contava com radiocomunicação e, com a modernização, a perícia terá facilitada a comunicação com os demais órgãos no atendimento de ocorrências.
O chefe da Divisão de Tecnologia e Comunicação (DTIC), ligada ao DCCI da SSP, major Moacir Almeida Simões Júnior, ressaltou a maior segurança dos equipamentos e a facilidade de estabelecer a comunicação entre as instituições, permitindo a celeridade do trabalho integrado, uma das premissas do Programa Transversal e Estruturante RS Seguro. "Com a geolocalização, podemos saber exatamente onde estão os operadores de segurança e, caso um dos equipamentos seja subtraído por criminosos, podemos bloquear radiocomunicador do sistema na hora. Na mesma medida, a tecnologia facilita a comunicação entre as instituições, pois além da comunicação isolada entre dois aparelhos, é possível criar grupos específicos entre unidades e batalhões, e também para operações e ações pontuais", reforçou o chefe da DTIC.
O acesso ao canal de comunicação é limitado aos aparelhos cadastrados e autorizados no sistema, com identificação de todas as unidades operantes. Para receber e efetuar chamadas por rádio é necessário realizar a autenticação no sistema. Caso alguma unidade seja subtraída, o rádio é bloqueado e não é mais possível acessar a rede. O funcionamento é integrado ao Sistema Nacional de Comunicações Críticas do Exército Brasileiro (SISNACC), parceiro da SSP que configura os rádios e opera de forma compartilhada a malha digitalizada.
Além da modernização da comunicação, os equipamentos são mais robustos, o que garante maior resistência contra choques, temperaturas extremas e exposição a agentes químicos. Os rádio têm GPS integrado e a comunicação entre entre as estações de rádio base são feitas por fibra óptica.
Texto: Lurdinha Matos/SSP
Edição: Ascom SSP