Médica sequestrada em Erechim é libertada de cativeiro no Paraná após ação da Polícia Civil
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Entre a noite dessa quarta-feira (21/10) e a madrugada de quinta-feira (22/10), a Polícia Civil do RS, em conjunto com as Polícias Civis de Santa Catarina e do Paraná, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Brigada Militar (BM), localizou cativeiro e libertou a médica Tamires Regina Gemelli da Silva Mignoni. A vítima havia sido sequestrada na última sexta-feira (16/10), enquanto saía do trabalho, na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Aldo Arioli, em Erechim.
Ela foi libertada do cativeiro no município de Cantagalo, região central do Paraná, a cerca de 32 km de Laranjeiras do Sul (PR), cidade de origem da médica. Durante a operação policial, uma mulher e dois homens diretamente envolvidos no sequestro foram presos.
A médica, encontrada bem e com saúde, chegou na residência de seu pai, prefeito de Laranjeiras do Sul, na madrugada desta quinta-feira (22/10). Investigações posteriores serão realizadas com o intuito de identificar outros indivíduos por suspeita de participação no sequestro.
Segundo o diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil do RS, delegado Sander Cajal, os sequestradores realizaram contato com a família da vítima cobrando R$ 2 milhões pela sua libertação. Cajal destacou que a ação conjunta de várias instituições, com integração e intenso trabalho de inteligência policial, foi fundamental para o sucesso da operação, resultando na libertação de Tamires sem o pagamento do valor exigido.
Conforme a chefe de Polícia do RS, delegada Nadine Tagliari Farias Anflor, nos últimos dois anos a instituição tem 100% de efetividade com liberação de vítimas em casos de extorsão mediante sequestro. “É muito importante salientar que, durante esses cinco dias (em que Tamires permaneceu sob poder dos criminosos), os policiais estavam dando todo o suporte à família da vítima”.
Ainda conforme Nadine, não há indicativo que o crime tenha viés político pelo fato da médica ser filha do prefeito de Laranjeiras do Sul: “As investigações continuam e essa hipótese não é descartada, mas tudo leva a crer que o objetivo era patrimonial, em obter valores de forma ilícita”, afirmou.
Dentre os presos, está o vigilante de um banco de Laranjeiras, que estava em licença saúde, além de um taxista que ajudou nos deslocamentos durante o sequestro. Já a mulher presa teria o papel de cuidar do cativeiro.
Texto: Ascom Polícia Civil
Edição: Carlos Ismael Moreira/SSP