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IGP é destaque entre órgãos de polícia científica

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Fotografia mostra computador no laboratório de balística
Estado aderiu ao sistema automatizado em julho de 2022 - Foto: Divulgação/IGP

O Instituto-Geral de Perícias do Rio Grande do Sul (IGP-RS) alcançou o primeiro lugar em dois dos três critérios avaliados pelo Sistema Nacional de Análise Balística (Sinab): número de inserções e de correlações balísticas. Os dados apresentados de janeiro de 2022 até o momento registram mais de 11.361 inserções e 20.501 correlações visualizadas. Este é o resultado de um trabalho estruturado, com rotinas consolidadas, uso intensivo de tecnologia e inteligência pericial para a elucidação de crimes envolvendo armas de fogo. 

Coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), o Sinab integra os bancos de dados balísticos de todo o país. A partir da inserção de informações sobre projéteis e estojos recolhidos em locais de crime ou em armas apreendidas, é possível identificar correspondências – chamadas de “hits” – que indicam conexões entre diferentes ocorrências, armas e suspeitos. Essas ligações podem revelar padrões de criminalidades e a circulação de armas entre os estados. 

Conforme a avaliação de Paulo Barragan, diretor-geral do IGP-RS, "Liderar o ranking do Sinab não é apenas uma conquista institucional, mas uma demonstração de como o trabalho dos nossos peritos impacta diretamente na elucidação de crimes e na segurança da população gaúcha e brasileira". 

No Rio Grande do Sul, a Divisão de Balística Forense do IGP alimenta o Banco Nacional de Perfis Balísticos (BNPB) com um volume significativo de dados desde que o Estado aderiu ao sistema, em julho de 2022.  

De calibres a conexões 

O sistema balístico automatizado utilizado pelo IGP-RS, conhecido como IBIS (Sistema de Identificação Balística Integrado), permite análises com alto nível de detalhamento. O processo começa com a coleta de vestígios em cenas de crime, que são escaneados e comparados por algoritmos capazes de detectar padrões microscópicos deixados pelas peças da arma no momento do disparo. 

A partir dessa comparação o sistema sugere correspondências e o perito analisa as imagens geradas, seleciona os indícios e confirma ou descarta os hits por meio do microscópio óptico. 

Cada hit confirmado significa a identificação de dois ou mais crimes cometidos com a mesma arma de fogo, o que pode transformar completamente uma investigação, especialmente em casos sem suspeitos. 

Reconhecimento nacional e integração interestadual 

Dois dos hits identificados pelo IGP-RS foram casos compartilhados com o Paraná, envolvendo armas apreendidas no Rio Grande do Sul e homicídios cometidos em território paranaense. As informações obtidas foram compartilhadas com a Polícia Federal, que atua na interlocução entre os estados e o Ministério da Justiça. Os episódios revelam a importância de manter uma rede de análise balística ativa em todo o país. Cada inserção feita por um estado pode beneficiar uma investigação em outro, fazendo uma conexão que até pouco tempo atrás não era realizada.  

O reconhecimento nacional do IGP-RS representa a consolidação de uma cultura técnico-científica voltada à excelência pericial e ao fortalecimento da segurança pública por meio de dados, evidências e inteligência. 

Informações detalhadas sobre o desempenho do IGP-RS no site do SINAB. 

Texto: Ascom IGP. Edição: Luciana Balbueno/Ascom SSP-RS 

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