O Curso de Formação Profissional do Instituto-Geral de Perícias (IGP), destinado aos aprovados no concurso público realizado em 2017 e convocados recentemente, iniciou nesta sexta-feira (4/3). Com a aula inaugural, a corporação recepcionou os 13 peritos médicos-legistas, 13 técnicos em perícias e dez peritos criminais, totalizando 36 novos servidores para a instituição.

A formação terá a carga horária de 360 horas/aula, divididos entre módulo básico, específico e prático. No módulo básico, os alunos conhecem os principais sistemas de trabalho, como o Protocolo Geral de Perícias (PGP) e o Processos Administrativos (Proa), além de manutenção e segurança de armas de fogo. Também serão apresentados aos alunos o funcionamento de outras áreas do IGP, como Corregedoria, Tecnologia da Informação e Assessoria de Comunicação.

Ato contínuo, no módulo específico os servidores são separados em três turmas, conforme o cargo. É quando inicia o aprendizado voltado ao trabalho. Na parte prática é a vez de se integrarem aos plantões. Os que profissionais que fazem o curso de perito médico-legista passam a conhecer as rotinas dos Postos Médico-Legais e quem faz o curso de perito criminal acompanha os plantões de local de crime. Já os técnicos em perícia vivenciam os trabalhos de remoção de corpos e dentro dos laboratórios e clínicas médicas.

Desde 2020, em razão da pandemia de Covid-19, os dois primeiros módulos foram realizados on-line, e apenas a parte prática era presencial. Agora, o módulo específico também vai ser presencial. “Vai ser muito importante porque nos novos servidores poderão ter mais contato e troca de experiências com os colegas e instrutores, que vão ser os colegas deles na instituição, como os peritos criminais e médicos legistas. Também vão poder frequentar as dependências do IGP, como o Departamento Médico-Legal, o Departamento de Criminalística e a sede do Centro Regional de Excelência em Perícias Criminais (Crepec), além das aulas na Academia Integrada de Segurança Pública, podendo conviver com os colegas da Polícia Civil e Susepe”, afirma o coordenador do curso de formação, perito criminal Lucas Klassmann.

Para as aulas presenciais, os cuidados para evitar a propagação do vírus da Covid-19 foram redobrados, tanto que passaram a ser parte do regulamento do Curso. Além da exigência da carteira de vacinação já com a dose de reforço e do uso de máscaras PFF2 ou N95, a coordenação do curso adotou todas as instruções que são recomendadas pela Secretaria Estadual de Saúde. O módulo básico vai continuar à distância, justamente por causa da quantidade de alunos.

Na Aula de Inaugural, os servidores conheceram os diretores de todos os Departamentos, que falaram sobre a missão de cada área do IGP: Departamento de Criminalística, de Identificação, de Perícias Laboratoriais, Médico-Legal, de Perícias do Interior e Administrativo. Para a diretora-geral do IGP, Heloisa Kuser, a diversidade do trabalho no IGP é muito grande. "Temos técnicos que trabalham revelando chassis em depósitos de veículos e técnicos em necropsia, que trabalham abrindo corpos. O que nos faz diferente e faz com que nos identifiquemos com a perícia, é quando entendemos o propósito e o objetivo do nosso trabalho. Quando entendemos que aquela necropsia que está sendo feita é para a justiça, para entender o que aconteceu e para que tenhamos a causa daquele evento interpretada, este é o nosso grande objetivo", disse Heloisa.

O local de atuação dos servidores só será definido após a conclusão do curso, pois depende das notas alcançadas na classificação geral.

_{Texto: Ascom IGP}

_{Revisão: Kelly Motter / SSP}