Grupo de Ações Especiais da Susepe forma novos integrantes
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Após 15 dias de intenso treinamento, o Grupo de Ações Especiais da Susepe (Gaes) formou, nesta quinta-feira (21), sete novos integrantes. O Curso de Operações Penitenciárias Especiais (COPE) contou com a participação de 25 agentes penitenciários ao total, sendo seis que foram selecionados para compor o Gaes e 19 advindos dos Grupos de Intervenções Regionais (GIR) de diversas regiões do Estado, mas apenas os sete concluíram a capacitação.
Representando a superintendência, o diretor do Departamento de Segurança e Execução Penal (DSEP), Angelo Carneiro, exaltou a importância do Gaes como um dos braços do DSEP. “É um trabalho em conjunto com a inteligência, o planejamento, e demais setores, que culmina nas operações do Gaes. Sem vocês não conseguiríamos manter o sistema como viemos mantendo”, relatou.
Segundo o coordenador do Gaes, Juliano Moro, o COPE foi idealizado há dois anos e esse ano foi posto em prática. “Nosso objetivo é tornar o Gaes referência no sistema prisional brasileiro. Atuamos em intervenções prisionais de alto risco e complexidade, motins, rebeliões e escoltas de alto risco. Só neste ano foram mais de 140 intervenções e 48 escoltas de alto risco”, comentou.
O coordenador também ressaltou a importância das parcerias para a conclusão do curso e o desempenho dos agentes durante o COPE. “Se exige muito deles, seja no físico, mental, técnico e, principalmente, humano. Nosso lema é ‘onde todos querem sair, nós queremos entrar’”, afirmou.
Presente na ocasião, o diretor da Escola do Serviço Penitenciário (ESP), Adão José Flores, parabenizou a determinação dos servidores que concluíram o curso. “Foi preciso muita garra para chegar até este dia”, disse. Também participou da mesa de abertura o representante do Comando Militar do Sul, tenente coronel Luciano Zucco, que foi instrutor no curso.
Curso de Operações Penitenciárias Especiais
O COPE foi ministrado por integrantes do Exército Brasileiro, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias, Brigada Militar, Corpo de Bombeiros Militar e servidores do próprio Gaes. As atividades foram desenvolvidas em turno integral, na Escola de Formação e Especialização de Soldados de Montenegro (EsFES), no Complexo Prisional de Canoas, no Autódromo Internacional de Tarumã e na Base do Grupamento de Pronta Intervenção da Polícia Federal.
O curso teve uma carga horária total de 120 horas e abordou disciplinas teóricas e práticas. Dentre elas, o uso de algemas, revista e condução de presos, defesa pessoal, extração, escolta, uso de arma de fogo, tecnologias menos letais, uso diferenciado da força, intervenção prisional, primeiros socorros, gerenciamento de crise, treinamento físico, direitos humanos, abordagem policial, Lei de Execuções Penais e direitos humanos.
O objetivo da formação é capacitar os alunos acima do nível básico nas táticas e procedimentos operacionais inerentes à função, a fim de proporcionar o conhecimento das legislações pertinentes à atuação do operacional. Os treinamentos físico e psicológico dos alunos também estão referenciados no curso, sempre destacando a atuação técnica e profissional do servidor.