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FICCO/RS desarticula rede de lavagem de dinheiro ligada a facções criminosas

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A foto mostra 5 agentes de segurança pública que integram a Ficco
A FICCO/RS tem caráter permanente e integrada - Foto: Divulgação/FICCO

A Força-Tarefa de Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Sul (FICCO/RS) deflagrou, nesta quarta-feira (9/10), a operação Privilege, com o objetivo de combater uma rede de operadores financeiros que presta serviços a diversas organizações criminosas em todo o Brasil. Durante a ação, 102 policiais (75 PF, 12 PRF, 5 PC, 10 BM) estão cumprindo 13 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão.

A FICCO/RS tem caráter permanente e integrada por diversas instituições, incluindo a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal Federal, Polícia Civil, Brigada Militar e Polícia Penal do RS. Faz parte do Plano de Enfrentamento à Criminalidade Violenta do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Seu objetivo é intensificar o combate às organizações criminosas e à criminalidade violenta.

A foto mostra um policial apreendendo dinheiro
Além de mandados, foram decretados o sequestro de bens imóveis e veículos - Foto: Divulgação/FICCO

Além dos mandados, foram decretados o sequestro de bens imóveis e veículos, além do bloqueio de valores em contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas investigadas. Foram também autorizados os bloqueios de 82 contas bancárias podendo alcançar o valor de R$ 70 milhões nos grupos que atuaram no Rio Grande do Sul. As ordens judiciais foram emitidas pelo colegiado da 2ª Vara Estadual de Processo e Julgamento dos Crimes de Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro.

A investigação começou após o recebimento de informações sobre um grupo que recolhia dinheiro em espécie de facções criminosas atuantes no Vale dos Sinos e na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, com o objetivo de lavar esses valores. O esquema de lavagem de dinheiro que foi identificado tem alcance nacional e operava a partir de São Paulo, utilizando-se de contas bancárias de interpostas pessoas para movimentar recursos ilícitos. Nos últimos cinco anos, foram detectados mais de R$ 770 milhões em depósitos em todo o território brasileiro, conforme Relatórios de Inteligência Financeira.

No Vale dos Sinos, integrantes de uma facção criminosa local utilizavam essa estrutura para lavar dinheiro proveniente do tráfico de drogas, com coletas semanais de valores que eram posteriormente depositados e disponibilizados como ativos de origem aparentemente lícita. Somente no Rio Grande do Sul, foram identificados mais R$ 73 milhões em movimentações dessa natureza. O nome da Operação Privilege faz referência aos bens adquiridos pelos investigados com os recursos ilícitos.

Mandado de Busca e Apreensão

Estância Velha/RS (1)

Novo Hamburgo/RS (8)

Bom Retiro/RS (1)

Taquara/RS (1)

Portão/RS (1)

São Borja/RS (2)

Rio de Janeiro/RJ (1)

São Paulo/SP (1)

Franca/SP (3)

Praia Grande/SP (1)

 

Mandado de Prisão Preventiva

Portão/RS (2)

Estância Velha/RS (1)

Charqueadas/RS (1)

Caxias/RS (1)

Rio de Janeiro/RJ (1)

São Paulo/SP (1)

Franca/SP (3)

Praia Grande/SP (1)

Sapucaia do Sul (1)

Novo Hamburgo (1)

A foto mostra policiais caminhando na rua
Também foi decretado bloqueio de valores que podem chegar a R$ 70 milhões nos grupos que atuaram no Rio Grande do Sul - Foto: Divulgação/FICCO

 

Operação Alcaçaria

Nesta mesma data também está sendo deflagrada simultaneamente a Operação Alcaçaria, pela Polícia Federal no Estado de São Paulo. As Operações “Alcaçaria” e “Privilege” possuem em comum 04 investigados com mandados de prisão e locais em comum de busca e apreensão. Nestes locais as equipes policiais coletarão elementos de informação para ambas as investigações. No caso dos mandados de prisão, por se referirem a investigações e crimes diferentes, o alvo que for encontrado será preso por dois fundamentos distintos, perante os juízos criminais de cada investigação criminal.

Na “Operação Alcaçaria”, estão sendo cumpridos 62 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e 3 mandados de prisão temporária, em nove estados do país.

As duas operações estão sendo realizadas de maneira coordenada com o objetivo de aumentar a eficácia das medidas judiciais deferidas para desarticular e descapitalizar os grupos criminosos investigados. O nome da operação policial “Alcaçaria”, faz referência às empresas do ramo de couro utilizadas pela organização criminosa.

Texto: Comunicação Social/Superintendência da Polícia Federal no Rio Grande do Sul

Edição: Ascom/SSP

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