Disque-Denúncia auxilia na identificação dos suspeitos de matar PM Biassi
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Denúncias anônimas ao número 181, o Disque-Denúncia da Secretaria de Segurança Pública (SSP), estão ajudando a polícia na identificação dos suspeitos de terem matado o policial militar Ivonildo Gampert Biassi, de 32 anos. Ele foi executado à queima-roupa dentro de um ônibus durante assalto na madrugada de quinta-feira (01/03) no bairro Teresópolis, em Porto Alegre. Indícios apontam como suspeitos um jovem de 17 anos e o primo dele, de 26. Eles seriam moradores da Vila Maria, no bairro Medianeira. Testemunhos de familiares da dupla revelaram que eles fugiram na manhã seguinte ao assassinato e que teriam comentado a ação.
Em entrevista coletiva cedida à imprensa na tarde de hoje (03/03), o titular da SSP, deputado federal Enio Bacci, deu informações sobre o andamento das investigações, e ressaltou que os culpados serão punidos. Ele afirmou que a morte do PM é emblemática, pois atinge toda a sociedade gaúcha. "Não queremos fazer injustiças, mas esse crime não vai ficar impune. A bandidagem tem que saber que a autoridade em serviço não é um cidadão comum, mas um representante de milhares de gaúchos", disse o secretário. Bacci reiterou o pedido de ajuda à população: "O 181 tem norteado o trabalho de investigação da polícia. Tenho certeza que a localização dos culpados será facilitada pelo Disque-Denúncia".
Na casa dos suspeitos a polícia encontrou uma camiseta do Fluminense - semelhante à usada por um dos ladrões no momento do assalto - e também uma mochila com o logotipo da empresa de transporte coletivo que teve o veículo assaltado naquela noite. A mãe e padrasto do menor relataram que a dupla não estava em casa no momento do crime, mas retornaram para pernoitar.
Pela manhã, eles saíram sem falar com ninguém, mas as testemunhas teriam ouvido o comentário dos dois sobre o homicídio do policial militar. O garoto é foragido da Fundação de Assistência Sócio-Educativa do RS (Fase), por onde já passou 12 vezes. Já o primo responde processo criminal, acusado de ter cometido um homicídio em 21 de janeiro deste ano, na Vila Cruzeiro do Sul, na Capital. Os dois teriam fugido para a Região Metropolitana de Porto Alegre e, para dificultar a identificação, teriam raspado a cabeça.
Biassi estava dormindo no momento da execução. Ele teria sido imobilizado pelo menor e alvejado por um tiro no rosto, que foi disparado pelo outro homem. O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Edson Ferreira Alves, destacou o trabalho da Polícia Civil e disse que as investigações já estão bastante avançadas. "Temos confiança de que o trabalho será concluído em breve devido ao profissionalismo com que a PC conduz o caso".
Biassi atuava no 21° BPM e morava na Restinga com a esposa e a filha de 2 anos. O policial militar tinha recebido licença de três dias após o retorno da Operação Golfinho no Litoral e pretendia visitar a mãe e os irmãos na cidade de Jaguari, onde foi enterrado.
Participaram da coletiva o subcomandante-geral da corporação, coronel Paulo Roberto Mendes; o titular da Departamento de Polícia Metropolitana (DPM), delegado Ivan Carlos da Motta; delegada Márcia Petri, titular da 5ª DP de Porto Alegre; delegado Gerson Mello, titular da Delegacia de Polícia Regional de Porto Alegre (DPRPA).