Brigada Militar celebra 22 anos de força-tarefa em presídios gaúchos
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Para celebrar os 22 anos de atuação da força-tarefa da Brigada Militar nos presídios gaúchos, a Penitenciária Estadual do Jacuí (PEJ), em Charqueadas, programou uma série de atividades durante esta quinta-feira (3), reunindo brigadianos e brigadianas que servem no local.
Pela manhã, foi a vez da apresentação do Coral da Escola Carlos Bina, de Gravataí, seguida da inauguração de placa simbólica ao aniversário da unidade militar temporária. À tarde, ocorreram torneios de futebol e voleibol entre os funcionários. À noite, as autoridades serão recepcionadas num jantar, ocasião em que haverá apresentação da trajetória da corporação nas operações.
Criada no governo Antônio Britto, em 25 de julho de 1995, a Operação Canarinho tinha como objetivo frear fugas em massa de presídios. Naquele ano, 49 detentos escaparam do então Presídio Central (atual Cadeia Pública de Porto Alegre). O Estado então decidiu designar PMs para a segurança externa e o serviço de carceragem nos maiores presídios gaúchos. Depois de ocupar as maiores casas prisionais, a atuação da força-tarefa foi reduzida à Cadeia Pública e à PEJ.
Para o diretor da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA), Marcelo Gayer Barboza, o comando-geral valoriza a atuação dos PMs nos presídios. "A Brigada Militar está treinada para atuar nas casas prisionais, onde tem feito excelente trabalho", disse.
Segundo o tenente-coronel, a orientação inicial foi trabalhar a lógica da redução do déficit prisional, com segurança, combate ao ócio e adoção de programas de preparação do apenado para ressocialização. Atualmente, a unidade prisional abriga 4.844 presos que recebem mensalmente 21 mil visitas. Do início do ano até agora, 142.672 pessoas visitaram o local, entre familiares e amigos dos apenados. "É uma cidade funcionando 24 horas", observou.
De acordo com o diretor da PEJ, Luiz Otavio Magalhães dos Reis, a casa prisional de Charqueadas possui 2.389 presos. De janeiro de 2017 até o momento, 403 pessoas visitaram o local.
Desde 2015, a Cadeia Pública conta com scanner corporal e sacola para auxílio no controle de ingresso de drogas, celulares e outros materiais suspeitos. A PEJ trabalha com o scanner de sacola.