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Gabinete de Crise amplia negociação com manifestantes para desbloqueio de via na capital

Haverá reforço no diálogo para garantir a liberação da avenida Padre Tomé

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A foto mostra a reunião no gabinete de crise  no Palácio Piratini
Governador Ranolfo Vieira Júnior coordenou reunião realizada no Palácio Piratini - Foto: Itamar Aguiar / Palácio Piratini

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) confirmou, em reunião do Gabinete de Crise organizado para tratar dos protestos pós-eleições, que não há bloqueios em rodovias ou protestos de maior vulto que inibam o direito de ir e vir da população em municípios do Estado nesta quarta-feira (16/11). O principal ponto de atenção está em Porto Alegre, na avenida Padre Tomé, em frente à sede do Comando Militar Sul (CMS), no Centro Histórico, onde persiste o bloqueio de uma quadra da via. Conforme a Brigada Militar (BM), havia cerca de 40 pessoas no local por volta das 15h.

Coordenado pelo governador Ranolfo Vieira Júnior, o Gabinete de Crise é um grupo de trabalho integrado formado por secretários estaduais e representantes das forças de segurança, entre outros órgãos envolvidos com o tema nas esferas federal, estadual e municipal. Em decisão unânime, o colegiado acordou ampliar a negociação com os manifestantes visando a desobstrução da via, avançando especialmente quanto à retirada de estruturas físicas, como barracas, que bloqueiam o fluxo na rua Padre Tomé.

Na sexta-feira passada (11/11), o Supremo Tribunal Federal (STF) emitiu decisão para que sejam efetuadas ações de desbloqueio de todas as vias ocupadas por manifestantes no país. O governador ressaltou que a medida está sendo acatada. Disse também que a estratégia utilizada para a desobstrução da via da capital é o diálogo, de forma a assegurar a integridade física de todos, uma vez que boa parte do público é de idosos, mas também assegurar o cumprimento da decisão judicial.

“Vamos ampliar a negociação com os manifestantes e seguir nessa linha do convencimento até a liberação total da via, conforme indica a lei. Os órgãos de segurança do gabinete de crise também trabalham, de forma integrada, na identificação, para eventual responsabilização, das pessoas que financiam toda a infraestrutura que ainda mantém esses protestos”, disse o governador.

O comandante-geral da BM, coronel Cláudio dos Santos Feoli, detalhou as ações que estão sendo tomadas em Porto Alegre por parte da sua corporação. “Tivemos êxito em todos os desbloqueios no Estado, pois atuamos de forma conjunta. Na capital, estamos monitorando diariamente a Padre Tomé e as imediações, além de termos contatos direto com todos as demais forças de segurança. As manifestações com um maior número de pessoas são sazonais no local. Por isso, estamos investindo na negociação com os manifestantes, e o número de pessoas está reduzindo”, afirmou.

A Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), que é responsável pela gestão da mobilidade em Porto Alegre, esteve presente no encontro. “A aglomeração de pessoas é restrita à Padre Tomé e, no momento, não apresenta relevância para o trânsito do entorno”, afirmou o diretor-presidente da EPTC, Paulo Ramires.

Para o procurador-geral de Justiça do RS, Marcelo Dornelles, as ações do Gabinete de Crise estão sendo bem conduzidas e atendem à legislação. "A negociação e a mediação adotadas atendem ao cumprimento da determinação do STF de buscar a desobstrução. Acredito que o trabalho das forças de segurança está sendo bem conduzido na capital para alcance do resultado esperado dentro da prudência para minimizar riscos”, afirmou.

Órgãos integrados

O Gabinete de Crise é composto, por parte do Estado, pela SSP e suas vinculadas (Brigada Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Instituto-Geral de Perícias e Departamento Estadual de Trânsito); Secretaria de Logística e Transportes (Selt); Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer); Procuradoria-Geral do Estado (PGE); Casa Civil, Secretaria de Comunicação e Defesa Civil Estadual.

Também integram o grupo de trabalho Ministério Público Estadual (MPRS), Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Forças Armadas, Agência Brasileira de Inteligência (Abin), EPTC e Sulpetro.

Texto: Lucas Barroso
Edição: Secom

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