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Denarc desmonta laboratório de mineração de bitcoins a serviço do tráfico

Investigação estima que atividade clandestina com a moeda digital tenha movimentado cerca de R$ 500 mil

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Homem de costas, com colete com a inscrição da Polícia Civil, em meia a estantes com computadores no laboratório clandestino que foi alvo de operação do Denarc.
Agentes apreenderam computadores e outros equipamentos utilizados na atividade clandestina - Foto: Polícia Civil / Divulgação
Por Ascom SSP

A Polícia Civil desarticulou um laboratório clandestino, no bairro Cascata, em Porto Alegre, que realizava a mineração de criptomoedas – as bitcoins. A suspeita é de que o lucro obtido com a movimentação da moeda digital alimentava o tráfico de drogas da região.

Na ação, deflagrada na terça-feira (23), o Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc) apreendeu hardwares e softwares de computadores com custo total estimado em R$ 150 mil. Conforme a investigação, a atividade de mineração pode ter movimentado em torno de R$ 500 mil. No mesmo local, um homem investigado por tráfico de drogas foi preso com uma motocicleta roubada e clonada. Na residência do detido, os policiais apreenderam uma pistola calibre .40 de uso restrito com a numeração raspada.

Estantes com computadores e equipamentos do laboratório clandestino de mineração de criptomoedas montado para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.
Material recolhido tem valor estimado em R$ 150 mil - Foto: Polícia Civil / Divulgação

A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro (DRLD), que também atuou na operação desta quarta-feira, verificou que a atividade serviria para ocultação de valores obtidos com o tráfico. Conforme a DRLD, havia indícios de que o capital adquirido vinha do comércio de drogas e do pagamento de distribuidores de entorpecentes, com possível envolvimento, inclusive, de transações internacionais.

Conforme a Polícia Civil, o dono do laboratório também acabou autuado pelo crime de furto de energia elétrica. Os equipamentos foram apreendidos para perícia de informática a ser realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP), cujas equipes também participaram da ação. Para o delegado Vladimir Urach, diretor-geral do Denarc, a operação com resultado inédito no Estado evidencia a necessidade de as forças policiais atuarem de maneira especializada, principalmente diante de novas tecnologias que facilitam a expansão do crime organização.

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