Operação Pulso Firme: segunda fase transfere presos para Charqueadas e Arroio dos Ratos
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Por Claiton Silva/SSP
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) desencadeou, nesta segunda-feira (04), a segunda fase da Operação Pulso Firme. A ação transferiu 20 detentos da Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA) para a Penitenciária Modulada Estadual Charqueadas e para a Penitenciária Estadual de Arroio dos Ratos.
Os presos transferidos são considerados lideranças em uma das maiores facções criminosas da capital. Outros 140 detentos, do mesmo grupo, estão sendo realocados dentro da estrutura da própria CPPA. Para o secretário Cezar Schirmer, os trabalhos foram bem sucedidos e dentro do objetivo específico da ação. “Todo movimento no sistema prisional passa por um processo de análise de inteligência, logística e preparação operacional. Estamos em constante monitoramento desde a primeira fase da operação e seguiremos com essa metodologia”, explicou.
Foram mobilizados, ao todo, 490 servidores: 340 da Brigada Militar (BM) e 150 da Superintendência dos Serviços Penitenciários (SUSEPE). O efetivo de Policiais Militares composto pela Força Tarefa "Operação Canarinho", 1 Batalhão de Operações Especiais e de batalhões de área da Capital. O BOE prestou apoio operacional na segurança interna e vigilância para a extração dos detentos, executada pelo Grupo de Apoio e Movimentação (GAM) da força-tarefa da BM que atua na CPPA. O restante dos PMs efetuou operações de patrulha e saturação de área.
Resposta efetiva do Estado
Há cerca de 10 dias, 160 detentos abandonaram as galerias e se alojaram no pátio da CPPA, reivindicando a disponibilização de uma nova estrutura, exclusiva para o grupo, Essa atitude é decorrente da morte de um dos líderes do tráfico de drogas em Porto Alegre, que gerou disputa interna pelo controle do grupo criminoso.
Imediatamente, os setores de inteligência da Segurança Pública iniciaram os procedimentos para a execução da operação. “Nós não aceitamos este tipo de conduta e agimos no sentido de deixar claro que eles não terão esta autonomia. A lógica correta é poder público decidir onde colocar os presos, não o contrário”, frisou.